“Que é, pois, o tempo? -
... - Se ninguém me perguntar, eu sei; se o quiser explicar a quem me fizer a
pergunta, já não sei.” – Agostinho de Hipona.
Notem como a questão
sobre o que é o tempo é antiga.
Na verdade vamos
comentar como o conceito de tempo evoluiu ao longo do tempo. Sendo o tempo um
dos conceitos mais importantes da física e de toda a sociedade moderna.
O tempo era visto como a
passagem dos dias, das noites, das estações do ano. Durante anos eu não vi
problema algum neste conceito, mas há alguns meses li um texto que mudou minha própria
visão desta ideia. Na verdade foi em uma reflexão sobre o nascer e o por do sol
ao longo das estações do ano fora dos trópicos, muda muito. No verão o sol
nasce cedo e se põe tarde, no inverno o sol nasce tarde e se põe cedo. Desta
forma o relógio de sol graduado de maneira fixa mostrava as horas que tinham porções
distintas de tempo de um dia para outro.
Logo, o tempo era uma
sequência de mudanças naturais que era fluido e submetia a todos no mesmo ritimo. Daí a Música
entra em cena. A evolução da música durante a idade média desembocou em
sinfonias polifônicas. Esse tipo de sinfonia exigia uma marcação exata do tempo
da música. Desta maneira o tempo que corria de forma fluida em sua sequencia de
mudanças foi aprisionada nos compassos da música. Os relógios começaram a ser construído
e o tempo agora é uma sequencia de mudanças rígidas que ocorrem na natureza que
independe do referencial.
E assim seguiu até que a
relatividade restrita colocou o tempo na mira e o conceito evoluiu novamente.
Hoje o tempo é uma dimensão que forma o tecido tempo-espacial.
Fonte: Mendes, Alexandre;
A Física do Parque: Ciência, História e Brinquedos, São Paulo – 1997.