quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Que é, pois, o tempo?


“Que é, pois, o tempo? - ... - Se ninguém me perguntar, eu sei; se o quiser explicar a quem me fizer a pergunta, já não sei.” – Agostinho de Hipona.
Notem como a questão sobre o que é o tempo é antiga.
Na verdade vamos comentar como o conceito de tempo evoluiu ao longo do tempo. Sendo o tempo um dos conceitos mais importantes da física e de toda a sociedade moderna.
O tempo era visto como a passagem dos dias, das noites, das estações do ano. Durante anos eu não vi problema algum neste conceito, mas há alguns meses li um texto que mudou minha própria visão desta ideia. Na verdade foi em uma reflexão sobre o nascer e o por do sol ao longo das estações do ano fora dos trópicos, muda muito. No verão o sol nasce cedo e se põe tarde, no inverno o sol nasce tarde e se põe cedo. Desta forma o relógio de sol graduado de maneira fixa mostrava as horas que tinham porções distintas de tempo de um dia para outro.
Logo, o tempo era uma sequência de mudanças naturais que era fluido e submetia a todos no mesmo ritimo. Daí a Música entra em cena. A evolução da música durante a idade média desembocou em sinfonias polifônicas. Esse tipo de sinfonia exigia uma marcação exata do tempo da música. Desta maneira o tempo que corria de forma fluida em sua sequencia de mudanças foi aprisionada nos compassos da música. Os relógios começaram a ser construído e o tempo agora é uma sequencia de mudanças rígidas que ocorrem na natureza que independe do referencial.
E assim seguiu até que a relatividade restrita colocou o tempo na mira e o conceito evoluiu novamente. Hoje o tempo é uma dimensão que forma o tecido tempo-espacial.


Fonte: Mendes, Alexandre; A Física do Parque: Ciência, História e Brinquedos, São Paulo – 1997.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Gravidade Zero: como simular ausência de gravidade na terra?









A algum tempo atrás mostramos como fazer haver gravidade artificial em uma nave na órbita da terra. Mas como podemos simular a ausência de gravidade ou a microgravidade em nosso planeta?
A NASA tem basicamente duas formas de simular microgravidadea primeira forma é em tanques de água, onde o empuxo da água contrabalança a gravidade, e a segunda forma é usando um avião em queda livre.
Isso mesmo, um avião em queda livre. Na verdade não estaremos em gravidade zero, mas como todos os referenciais que nós temos estão com a mesma aceleração que nós não percebemos diferença e não sentimos uma força resultante que nos indica a existência de gravidade.

É importante notarmos que a estação espacial internacional está ligado a órbita da terra pela força gravitacional sofre do mesmo fenómeno e é por isso que lá tem “Gravidade Zero”.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Tecnologia, física e ciência é a nova magia.


“Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da mágica”. - Arthur Clarke.
Quando desconhecemos os princípios básicos do funcionamento do mundo, através daquilo que a ciência nos ensinou e tornou lei, estamos muito próximos de sermos tão ingênuos quanto os moradores de uma vila medieval que acreditava que uma camisa velha e um pouco de centeio jogadas em um canto da casa criaria ratos. Ou um grego aristotélico que acreditava no mundo sublunar e supralunar.
Não só uma questão de a tecnologia ser avançada, mas sim se temos conhecimento suficiente sobre ela. Vejo termos científicos jogados em propagandas e vídeos na internet tentando provar e apoiar conjuntos religiosos, filosóficos ou produtos que não são exatamente ligados ou que são indistinguíveis para o consumidor final.
Enfim, creio que os cientistas de ponta de hoje são vistos como os magos ou alquimistas dos séculos passados e como esses podem ser considerados sábios ou loucos.

Dessa forma podemos dizer que a ciência é a nova magia.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Cinemática e Dinâmica: Qual a diferença entre os estudos do movimento?

A cinemática é uma palavra de origem grega que alude ao estudo do movimento e Dinâmica é outra palavra de origem grega que alude ao estudo da força.
Como vimos antes à cinemática é uma parte da física que estuda o movimento em sua forma verificando o deslocamento e sua trajetória.
A dinâmica é o estudo do porquê do movimento. Quando estudamos dinâmica estudamos as causas do movimento o que provoca e o que o modifica.

Cinemática e dinâmica são formas complementares de ver o mesmo mundo. Uma nos revela as causas e a outra nos diz as consequências.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Situação ideal não é o mundo real: qual é a importância das simplificações da física ensinada nas escolas

Um piso sem atrito, uma corda sem massa e inextensível e tantas outras condições que nunca veríamos no universo real são condições repetidas todos os dias em escolas por todos os cantos do Brasil (para não dizer do mundo todo) e que não demonstra as situações reais. Para que estudamos estas situações hipotéticas e ate mesmo para que estudar física se ela nos revela como o mundo funciona?
Na verdade temos nessas simplificações uma necessidade. Os fenômenos reais são muito complexos e intricados para que possamos entendê-los em todos os seus detalhes, por esse motivo é que devemos fazer simplificações e considerações para facilitar o entendimento de uma parte do fenômeno.
Estudando as situações simplificadas podemos aos poucos ir expandindo os nossos horizontes e colocando situações mais difíceis e mais próximas do real.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Hotel Infinito

O Hotel Infinito é um paradoxo usado para explicar o conceito de infinito (lembre-se, “infinito” não é um número). Imagine um hotel, mas diferente dos hotéis comuns, este tem um número infinito de quartos, e eles estão ocupados por um número infinito de hóspedes.
Imagine agora que você chegou na portaria e pediu um quarto, mas o atendente diz “os quartos estão todos ocupados”. Depois de uma pausa, ele tem uma ideia “já sei, eu vou colocar os hóspedes do quarto 1 para o quarto 2!”. E assim ele faz, movendo os hóspedes do quarto 2 para o quarto 3, do quarto 3 para o quarto 4… Um número infinito de hóspedes sendo empurrados mais fundo em um número infinito de quartos.
Mas agora há dois conjuntos infinitos: o primeiro era o hotel antes de você chegar, com infinitos hóspedes e infinitos quartos. Agora tem o mesmo número de hóspedes, mais você. Mas isto é infinito mais um? Qual é maior? Os dois são iguais?