quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Texto e física.


Muitas vezes eu peço uma redação ou um trabalho escrito a meus alunos e eles reclamam que a escrita não tem nada a ver com a física.
Mas eu gosto muito de ler e sempre li muitos livros sobre física, e alguns livros de ficção científica que usavam teorias físicas e alguns artigos científicos e matérias de jornais e revistas sobre experimentos e descobertas físicas.
 Noto que textos não são aversos a física, mesmo não sendo os físicos os melhores escritores (Sei que meus texto não são os melhores),  na verdade a física tem que se expressar para os outros e isso se faz a partir de textos em seus estilos próprios.
Identifico, aqui, ao menos cinco estilos de textos que envolvem os conceitos físicos. Existem os textos científicos, os textos didáticos, os textos de divulgação científica para público interessado, texto de divulgação científica para o público geral e os textos de ficção científica.
Os textos científico de física são textos sem comparação e sem muitas figuras de linguagem, carregados em em equações e com uma linguagem muito técnica. Um texto hermético para iniciados neste mundo mágico.
Os textos didáticos de física são textos com uma transposição didática dos conceitos científico e transformam  os conceitos científicos em uma forma completamente diferente de texto que permitem que este texto seja ensinado e aprendido.
Os textos de divulgação científica para um público interessado traz poucas equações e muitas figuras de linguagem são mais próximas de textos didáticos do que de textos científicos. Este tipo de texto é  pautado em teorias que os autores julguem interessante e atrativo.
Os textos de divulgação científica para um público geral são simplificações de textos de divulgação mais específicas e apresentam muitas figuras de linguagem como metáforas e comparações para que possa estabelecer uma forma simples do conceito físico. Esses textos são tão diferentes dos textos científicos e simplistas que geram distorções no conceito e podem ser utilizados como fontes para pesquisadores em pseudociência. Estes textos são isento de expressões matemáticas e baseia-se em tecnologia não nos conceitos.
Por fim, os textos de ficção científica que envolvem conceitos físicos são textos que exploram a fronteira do conhecimento, normalmente a física leva a mente do autor até a onde pode e depois disso o autor completa o que falta com o que a física ainda não sabe e cria pseudoteorias que se enraizaram no imaginário popular. São textos fantasiosos que não possuem a menor intenção de ser científico, mas argumentam de forma a mesclar as teorias científicas com suas pseudoteorias.
Dito tudo isto, fica claro que a física está ai em nossos textos e literatura.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

O que é a física?

Segundo uma breve pesquisa no google a definição é: ciência que investiga as leis do universo no que diz respeito à matéria e à energia, que são seus constituintes, e suas interações.
A física é uma ciência que estuda a natureza (que em grego φύσις (physiké)). Está definição não é uma boa definição, já que é muito abrangente e como diz Bachellard: uma definição muito abrangente não explica nada.
A física tem algumas características próprias como várias outras ciências.
A física é:

  • Experimental - Realizando experimentos para reforça o argumento utilizado. Utilizando o pensamento dedutivo.
  • Universalizante - Tenta tornar as leis o mais abrangentes possíveis. A partir do pensamento indutivo.
  • Algorítmica - Estabelece leis em linguagem algorítmica e matemática.
  • Causalística - Busca as causas de fenômenos. Estabelece leis de causa e efeito. 
  • Modelante - Cria teorias que modelam a natureza. E com os modelos podem prever ou rever a natureza.
Durante muito tempo a física foi considerada o modelo das ciências. Porém com o a renovação da epistemologia  nos anos de 1930 a 1960 o modelo mudou e as ciências se constituem com seus métodos e características próprias a cada uma delas, mas entender quais as características da física servem para ver o que não é da física.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

"Onde estão os turistas?"


No fim do ano passado eu estive pensando sobre o tempo e acabamos falando um pouco sobre viajem no tempo (acho ate que o tempo é um tema recorrente aqui no blog nestes 5 posts já feitos no blog - post 1, post 2, post 3, post 4 e post 5) dai resolvi escrever mais uma sobre isso a ideia da viajem no tempo.

Lembro-me de de um dia lendo um livro de Hawking, em um comentário sobre viagem no tempo ele diz que não acredita que possa haver viajem ao passado, pois se houvesse esta possibilidade a humanidade descobrirá e com isso a viajem no tempo se tornará comercial e apareceriam os turistas do tempo. Ele encerra a conversa dizendo "Onde estão os turistas?"
Para muitos de nós essa frase de Halking é um absurdo, é logico que uma tecnologia dessa se for descoberta será usada para fins militares e não para uso civil. Mas se pensarmos em todas as tecnologias que foram desenvolvidas para fins militares e por fim tornaram-se de uso civil. Vemos os arcos e flecha que hoje é utilizado por esporte, a internet que foi desenvolvida para enviar informações sigilosas entre os centros acadêmicos e por fim podemos dizer a viajem espacial que hoje está as vésperas de tornar-se comercial.
Então acredito que se de fato um dia a tecnologia de viajem temporal for desenvolvida encontraríamos os turistas do tempo por ai. Talvez a história de John Titor, Andrew Carlssin ou o viajante do canada são, de fato, intrigante, mas as histórias de uso de celular que vemos na internet é absurda ao ponto de duvidar do conhecimento sobre o funcionamento do aparelho (ver alguns desses casos dispersos na internet neste link).
Por fim, Talvez os turistas estejam por ai mas atuem de forma cautelosa e tenham medo de uma "policia do tempo" ou algo assim, talvez sejam esses que dizem que são extraterrestres, talvez a humanidade se destrua antes de desenvolver a tecnologia ou talvez não seja possível viajar ao passado mesmo.
Quem sabe o que será do futuro ou mesmo do tempo? mas eu ainda digo que não acredito em viajem no tempo e a quem retrucar eu falo: "Onde estão os turistas?"

Ps: Se você viu o link indicado e ficou intrigado... eu comento... objetos do futuro não passariam despercebidos tão facilmente assim, e essas paradas de viajem psicológicas sem prova material pode ser um sonho de alguém que teve acesso a informações ou de alguma forma podem ter influenciado decisões sem que as pessoas se dessem conta disso.
 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Física como uma cultura.


Cultura é antropologicamente definido como aquilo que permite o homem transpor seu próprio corpo. Por exemplo o corpo do ser humano o capacita a pensar, mas a fala (a língua ou linguagem,não sei bem qual é a diferença entre as duas) permite que o individuo transborde seu próprio corpo e transmita seu pensamento para o outro.
A linguagem (ou é a língua), os comportamentos, a forma de pensar, as expressões (escrita, codificações, pictografias e outras coisas) e as crenças que são compartilhadas por um grupo de pessoas formam o que chamamos de cultura. Estes aspectos que citamos são chamados de elementos culturais.
Podemos notar que quem estuda física compartilha um léxico próprio, uma forma sistemática e empírica de pensar, acredita em suas leis e expressão-se usando equações e expressões muito particular para os que compartilham a cultura científica, em particular da física.
A cultura física (sub-cultura) relaciona-se com outras (sub) culturas para formar a personalidade das pessoas. Relaciona-se com a arte, a religião, os esportes, os grupos locais e tantas outras sub-culturas. Os indivíduos transitam nestas sub-culturas ao longo da vida formando sua personalidade.
Aprender física, portanto, é similar a aprender uma cultura estranha. É como um estrangeiro em um novo pais. Se você estuda física e alguma vez lhe pareceu que o professor falava outra língua (considerando que ele não falava outra língua de fato) é porque você de fato não fala a língua dele;