quinta-feira, 28 de julho de 2016

Física Aristotélica e o Islã

   Depois da queda do império Romano a fragmentação do território europeu dificultou o fluxo de comunicação entre os sábios do antigo império Romano na Europa, promovendo centros de conhecimento individuais em cada reino europeu. Na Europa cristã o ócio era condenável, os livros eram poucos e os que detinham o saber os restringiam para uns poucos. Ao sul o Império muçulmano estava desenvolvendo-se sobe um ideal de desenvolvimento intelectual.
   O islã estudou, desenvolveu e reformulou os conhecimentos da física aristotélica durante toda idade média. Haviam grandes dois grandes centros de saber e um constante fluxo de informações entre eles Um em Córdoba na Espanha e o outro em Bagdá no Iraque. Foram eles que mantiveram e traduziram o Almagesto de Ptolomeu, os livros de Pitágoras e outros clássicos da Grécia.
   Os muçulmanos foram os responsáveis por preservar o paradigma aristotélico durante a idade média na Europa.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Início da física Aristotélica

   A filosofia ocidental tem seu berço na Grécia e é marcado pela libertação da interpretação mística do mundo. E a física aristotélica está inserido dentro da da filosofia aristotélica.
   Se a filosofia libertou o pensamento humano do misticismo o pensamento aristotélico busca a observação do mundo para criar axiomas sobre a natureza e a partir disso poder deduzir a regras específicas das transformações naturais.
   Está linha de pensamento destacou-se na antiguidade clássica por dois motivos. O primeiro é a academia, que foi a escola criada por Aristóteles em Atenas serviu para fortalecer a filosofia aristotélica entre as outras linhas filosóficas gregas. O segundo motivo foi Alexandre, o grande da macedônia, que foi um dos aprendizes de Aristóteles.
   Alexandre tornou-se o imperador de um vasto império que cobriu o sul do continente europeu, o norte da africa, oriente médio até a índia. Espalhando a cultura helênica e a filosofia aristotélica, formando uma rede de sábios na linha aristotélica e um fluxo enorme de informações entre esses pensadores.
Além disso criou-se uma gama de centros de estudos e temos como exemplo a grande biblioteca de Alexandria.
   Depois da queda do império grego temos a Ascensão do império Romano. A física aristotélica espalha-se pelo império romano e entre os islâmicos e se estabelece como paradigma hegemônico no Ocidente.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

experimento e experimentos mentais


    Os experimentos mentais que são famosos na física moderna (tais como: gêmeos em naves espaciais, trens que deslocam-se com velocidades próximas a velocidade da luz e elevadores hermeticamente fechadas no espaço) não são exclusividade deste novo paradigma,
      A física aristotélica foi uma ciência discursiva, baseada na filosofia e nos debates axiomáticos que geravam o que podemos chamar de experimentos mentais. Vemos como exemplo claro deste tipo de abordagem o livro de Galileo, o discurso de dois mundo.
     A cultura grega desvalorizava o desenvolvimento de trabalhos manuais e dedicava admiração aos pensadores, desta forma a observação do mundo foi um ponto fundamental da filosofia aristotélica , mas a experimentação não tinha o mesmo papel. Para os aristotélicos a observação serviria para criar os axiomas dos quais todo o resto poderia ser deduzido logicamente. Os debates serviriam para refinar os argumentos. Neste caso quem está certo não é aquele que mostra o modelo mais aproximado do real, mas o que tem a melhor retórica, criando assim um panteão de gênios com mais autoridade sobre o tema - o que desenvolveu o que chamamos hoje de argumento de autoridade.
      Na medida que a cultura cristã foi mesclando-se com a cultura grega (por volta do século XII) os experimentos começaram a tornar-se mais importantes até que finalmente no século XVI a física transfigurou-se em uma ciência experimental. Desenvolvendo modelos explicativos que respondessem aos experimentos realizados.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Tipos de causas


Na física aristotélica existem quatro tipos de causas que explicam completamente os motivos de transformações naturais. As causas são material, eficiente, formal e final.
Desta forma qual quer transformação que aconteça na natureza deve ter as quatro causas de forma bem definida. Por exemplo, se fossem construir uma estátua de mármore a causa material da estátua é a substância da qual ela é feita, logo a causa material é o mármore. A causa eficiente é o que dá forma a transformação, portanto a causa eficiente da estátua é o a força aplicada no mármore pelas ferramentas. A causa formal é a idealização conceitual do estátua, portanto a causa formal é a forma ideal da estátua que se forma na mente do escultor. E a causa final é a finalidade da transformação, por tanto a causa final da estátua de mármore é enfeitar algum lugar.
É neste contexto que surge a celebre pergunta sobre qual é a causa da vida humana. A causa material é o corpo , a causa eficiente é o parto, a causa e a causa final é que são alvos da filosofia e faziam parte da física aristotélica.
Para os fenômenos naturais existiam um debate muito grande sobre as causas formais e finais, fazendo que os filósofos naturais debatessem sempre essas duas causas de forma mais entusiasmada. Mas a derrubada deste paradigma tornou obsoleto a explicação baseada nas quatro causas. Hoje, não precisamos nos desdobrar pensando nisso.