Os experimentos mentais que são famosos na física moderna (tais como: gêmeos em naves espaciais, trens que deslocam-se com velocidades próximas a velocidade da luz e elevadores hermeticamente fechadas no espaço) não são exclusividade deste novo paradigma,
A física aristotélica foi uma ciência discursiva, baseada na filosofia e nos debates axiomáticos que geravam o que podemos chamar de experimentos mentais. Vemos como exemplo claro deste tipo de abordagem o livro de Galileo, o discurso de dois mundo.
A cultura grega desvalorizava o desenvolvimento de trabalhos manuais e dedicava admiração aos pensadores, desta forma a observação do mundo foi um ponto fundamental da filosofia aristotélica , mas a experimentação não tinha o mesmo papel. Para os aristotélicos a observação serviria para criar os axiomas dos quais todo o resto poderia ser deduzido logicamente. Os debates serviriam para refinar os argumentos. Neste caso quem está certo não é aquele que mostra o modelo mais aproximado do real, mas o que tem a melhor retórica, criando assim um panteão de gênios com mais autoridade sobre o tema - o que desenvolveu o que chamamos hoje de argumento de autoridade.
Na medida que a cultura cristã foi mesclando-se com a cultura grega (por volta do século XII) os experimentos começaram a tornar-se mais importantes até que finalmente no século XVI a física transfigurou-se em uma ciência experimental. Desenvolvendo modelos explicativos que respondessem aos experimentos realizados.
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