quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

5 fatores que dificultam o progresso da ciência?


Antes de mais nada quero deixar claro que o texto de hoje é apenas minha opinião sem um sistemático estudo sobre o assunto (notem o termo "sistemático", já que tenho estudos sobre o assunto mas nunca fui afundo nesta questão).
Para mim existem alguns motivos que retardam o progresso do conhecimento científico que listaremos abaixo os 5 maiores:
5. Os paradigmas - Os paradigmas são formas de pensar o conhecimento científico e as práticas científicas que se tornam dominantes na comunidade de cientistas, rejeitando os que propões ideias distintas. Thomas Kuhn uma vez disse que os cientistas não mudam de paradigma, eles morrem e são substituídos por cientistas que acreditam em outro paradigma.
4. Argumento de autoridade - Existem figuras que destacam-se nas ciências e tornam-se "deuses" da ciência, com palavras, praticamente, incontestáveis e que atraem para sua ideias a opinião de outros que tem menos renome. Quando Einstein  desacreditou a sobreposição de fase da mecânica quântica o próprio Schrodinger admitiu que não deveria ter levantado a hipótese. Sorte nossa que Bohr (Tão grandioso quanto Einstein) defendeu a ideia de Schrodinger.
3. Pensamento fundamentalista - a história da ciência nos mostra como o pensamento fundamentalista cristão da idade média dificultou o desenvolvimento da ciência. Porém não foi só a igreja que desenvolveu um pensamento fundamentalista que impediu o desenvolvimento científico, na China pré-unificação, na Alemanha nazista, na Russia comunista, etc. podemos ver o pensamento fundamentalista.
2. Falta de recurso para pesquisa - as diversas áreas de pesquisas científicas disputam as poucas verbas governamentais ou disputar por verbas privadas que tragam algum retorno para seus financiadores, desta forma as pesquisas são direcionadas e nem sempre tem relação com a busca da verdade ou do desenvolvimento do conhecimento científico.
1. Desigualdade social - a pobreza e a desigualdade social é, com toda a certeza, a maior dificuldade ao progresso científico. Imagine quantos futuros gênios estão morrendo de fome ou de sede, imagine quantos futuros cientistas não tem acesso a educação adequada, imagine quantos possíveis ganhadores do Nobel estão desistindo de suas carreiras em áreas científicas que poderiam ser geniais para trabalhar, de forma ordinária, buscando careiras mais socialmente reconhecidas? A desigualdade social é a pior coisa para a ciência.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Diferentes, mas iguais?

A uns dois ou três anos atrás eu li sobre a discussão da física no fim do século 19. Lembro-me de que não fez muito sentido na época em que li, por esses dias lendo sobre o Hiperespaço, tive uma compreensão daquele texto que li a tempos atrás.
Quando Newton desenvolveu a teoria da gravitação universal, criou um elemento novo que muitos estudiosos da época não gostaram ou não entenderam. Este novo elemento é a ação a distância. Para Sir Issac a força da gravidade depende da ação que um corpo exerce em outro a distância, mas não pode dizer nada sobre o que acontece  no espaço entre eles.
Muitos físicos da época (e arrisco em dizer que os de hoje também) não aceitaram essa história de não saber o que acontece no caminho entre os corpos. O problema era que os insatisfeitos com a ação a distância não propuseram um substituto a ela.
No fim do século 18, Coulomb propôs a ação a distância para a força elétrica e propuseram também  a ação a distância para a força magnética. A ação a distância, imediata e sem necessitar de contato parecia um chute para os físicos que tinham que aceita-la como verdade.
No inicio do século 19, Faraday começava a fazer desenhos de linhas de força entorno das cargas eléctricas e imãs. Faraday não tinha a fluência em matemática esperada para os grandes físicos da época, e por isso as linhas de força foi a alternativa que ele encontrou para descrever suas ideias.
As linhas de força seriam uma alternativa a ação a distância, mas faltavam as equações que as descrevessem. Quando finalmente as linhas de força transformaram-se em linhas de campo, isto é, quando finalmente surgiu o conceito de campo, com as equações que descrevem as linhas de Faraday.
É importante notarmos que a lei de Coulomb dependia da noção de ação a distância e o campo elétrico era seu principal concorrente. No ensino médio brasileiro vemos esses conceitos como complementares, mas não eram.

Enfim, escolhemos o campo. Praticamente não se fala mais da ação a distância.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Matéria e Energia negativa.


Semana passada falei sobre os táquions, uma suposta partícula sub atômica que viajaria com velocidades utra-luminosas. Para isso esta partícula teria que ter massa negativa e energia negativa.

É engraçado pensar no comportamento destas coisas. Vamos começar falando da massa negativa.
A massa é a grandeza física responsável pela gravidade, logo se a massa for negativa teremos gravidade negativa. Uma força negativa da gravidade gera uma repulsão gravitacional. Desta maneira as partículas de massa negativa teriam de se repelirem com a força da gravidade. Como a gravidade é uma força de pouca influência em nível atômico, porém as grandes estruturas do universo (estrelas, galaxias e buracos negros) são obras da atração gravitacional. Como as forças nucleares são insignificantes fora do núcleo atômico e a força eletromagnética não produz nada maior que algumas moléculas sabemos que não teríamos grandes estruturas de matéria negativa.
Outra coisa importante é deixarmos claro que matéria negativa não é antimáteria ou matéria escura. A antimatéria e a matéria escura tem atração e não repulsão gravitacional.
A massa negativa geraria também energia negativa. A energia negativa geram fenômenos mas estranhos ainda. Começamos com o fato de que ter energia negativa gera velocidades superiores a velocidade da luz. isso diz que essas partículas caminham na contra mão do tempo isto é viajam para o passado. Quando uma partícula de massa comum colide com outra ela cede energia e diminui a sua velocidade. porém quando uma partícula com energia negativa colide com outra ela cede energia aumentando a velocidade.
A energia negativa também é essencial para poder haver viajem no tempo ao passado. já que para manter uma flutuação no tecido tempo-espacial é necessário que haja repulsão energética.

Existe, portanto, um argumento lógico contra a existência da matéria negativa: A existência da matéria negativa violaria a primeira lei da termodinâmica e com o passar do tempo a probabilidade de ocorrer mais colisões e a taxa de acréscimo energético no universo seria cada vez maior. o que não vem ocorrendo...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Táquions


Acredito que já falei sobre táquions algumas vezes aqui no blog, mas não descrevi o que seria um táquion.
Acho que os fãs de ficção científica já estão familiarizados com essas partículas,mas não creio que saibam de fato o que são.
Bem, os táquions são partículas subatômicas que supostamente viajariam em velocidade acima da velocidade da luz. É importante dizermos que não existem evidencias científicas que garantam que essas partículas existam neste universo.
O argumento que possibilitam a teorização da existência dos táquions são, no mínimo, fracos. A crença na existência de tais partículas baseiam-se na beleza da simetria em termos das velocidades (se existe partículas com velocidades inferior a velocidade da luz deve haver também partículas com velocidades acima da velocidade da luz), mas foi um argumento que permitiu a teorização (Tal qual foi para o desenvolvimento das pesquisas sobre anti-matéria) que permite descrever como seria essas partículas e quais suas possíveis características (o que permitiria propor experimentos para verificar sua existência).
Uma característica importante é que os táquions, segundo a teoria da relatividade restrita, teria que ter massa negativa e por tanto energia negativa.
Então, hoje, os táquions são elementos da ficção científica que podem tornar-se da física no futuro... Será que os táquions existem neste universo?

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Se quebrássemos a primeira lei da termodinâmica? parte 2.


Semana passada falei sobre o que aconteceria com a física se encontrássemos algo que contrariasse a primeira lei da termodinâmica. Hoje vamos falar das possíveis consequências à sociedade se conseguíssemos uma tecnologia que gerasse energia do nada.

Hoje, nós já sabemos como criar matéria, isto é, criar átomos, moléculas e outras partículas subatômicas. Já conseguimos transformar chumbo em ouro, bombardeando partículas alfa. Já sabemos como neutralizar gases estufas ou outros poluentes de forma química. Já sabemos criar veículos de ultra velocidade. Sabemos como criar equipamentos que nos levem ao espaço com o custo de U$:1.000,00 e não por milhões. Sabemos como dessalinizar a água do oceano e como irrigar o deserto. e tudo isso só não é viável devido ao custo energético.

Se conseguíssemos uma tecnologia que gerasse energia do nada tudo isso tornaria-se acessível mudando a sociedade como conhecemos. A segunda lei da termodinâmica diz que para diminuirmos a entropia de um sistema tem de ter gasto de energia e se pudêssemos criar energia do nada poderíamos reverter a entropia de grandes sistemas (como o planeta terra) uma forma simples.