quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Uma ciência física?


Durante muito tempo eu não percebia o problema de dizer que a física é a ciência que estuda a natureza. Hoje percebo que a física não é uma ciência, mas um conjunto de ciências que se intercomunicam e forma o que chamamos de física.
Nas escolas vemos a mecânica (como o estudo do movimento), termodinâmica (Estudando o calor e a temperatura  na interação energéticas), ótica clássica, acústica (que estuda as ondas sonoras e instrumentos que produzem o som), a elétrica (Considerando a eletrostática e a eletrodinâmica), magnética, electromagnetismo e um pouco de "física moderna".
A "física moderna" que vemos na escola é um misto de cosmologia, física de partículas, física nuclear, semicondutores e relatividade restrita.
Nem falamos das "físicas aplicadas", tais como física médica, física radiológica, eletrônica, física de fluídos, fotônica, spintrônica, astronomia, astrofísica e outras tantas áreas do conhecimento com seu problemas de pesquisas e técnicas próprias de suas ciências.
Sem falar em estudos de ciências pura e pesquisas interdisciplinares.
Cada uma dessas "físicas" tem seu objeto de estudo, métodos, problemas e formas de fazer experimentos próprios.

Faltou eu falar de alguma que você acha importante é só citar ai nos comentários.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Ondas Gravitacionais: E agora?


Na semana passada tornou-se público que o LIGO detectou as ondas gravitacionais. E muitas noticias divulgaram como uma noticia revolucionária, que finalmente prova a teoria da relatividade geral.
Na verdade a teoria da relatividade geral já havia sido aceita como experimentalmente válida com as chapas fotográficas do eclipse de sobral - CE.
Vi reportagens que falam sobre a deformação do espaço-tempo finalmente podem ser usadas como verdades científicas. Com isso alguns alardeiam as ideias de viagens no tempo, buraco de minhoca e outros fenômenos interessantes da relatividade como sendo não só possível quanto viável.
O problema é que a física já leva a relatividade como verdade a quase 100 anos e mais um experimento que o comprova não muda a tecnologia com base nele.

As ondas gravitacionais são fenômenos previstos pela teoria da relatividade geral. Quando corpos massivos estão acelerando eles geram perturbações no espaço-tempo de forma semelhante a forma como uma carga elétrica acelerada provoca uma onde no campo eletromagnético.
Essas ondas gravitacionais não pertencem ao espaço-tempo, o que permitiria propor um experimento para testar a teoria do multiverso.
Particularmente, acredito que o experimento para verificar a existência do multiverso é o principal desdobramento da notícia e o NOBEL já deve está certo...

Pode ler um pouco mais sobre a teoria da relatividade geral aqui.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Crença errada em relação a Física: as partes da física.


Uma coisa que é constante em minhas aulas é a frase: "eu gosto da teoria física, mas não das contas", proferido por um aluno ou outro.
Essa frase sempre me incomoda muito, pois ela revela que para muito estudantes as equações ou algoritmos físicos são vazios de significado, os postulados e pressupostos são ideias vagas e sem importância, as definições são desnecessária e as consequências são especulações.
 Outra forma comum de fragmentar a física é quando, um pouco antes da prova, algum dos alunos pergunta: "Professor, na prova vai cair teoria?" Eu paro um pouco e penso: "Será que eles esperam que eu peça para eles fazerem um experimento?"
Sei que a ciência física é subdividida em física teórica e física experimental, porém parece que para os alunos a física divide-se em teórica e prática. Pior é que a "física prática" é completamente alheia a física experimental.
Os estudantes não são culpado deste erro que cometem. O ensino de física no brasil tornou-se fragmentado e despido de significado. Durante anos o ensino de física ficou sob a responsabilidade de "professores" não especialistas em física, que muitas vezes, por não conhecerem os conteúdos, precisavam utilizar os livro e memorizar formulas. Esse método, baseado em memorização de algoritmos, formou a base da forma tradicional de ensino de física. Desta forma a física escolar tornou-se uma matemática aplicada. E quando os professores retomam os postulados e definições cobrando a memorização estabelecem uma forma de resposta automáticas que exigem movimento psicológico de baixo nível o que torna mais fácil de memorizar que aplicar um algoritmo. formando o que os alunos entende por "física teórica" (definir e memorizar postulados), a "física prática" (aplicação de formulas) e a física "experimental" (ver e reproduzir experimentos em sala de aula ou laboratório, em geral é curioso mas não tem nada a ver com física, pois não cai na prova).
Na verdade a ciência física é dividida em física experimental (onde são desenvolvidos experimentos para testar uma teoria ou refinar experimentos já existentes) e a física teórica (Desenvolvem ideias e conceitos formulando postulados e definições que são representadas em formulas e algoritmos).

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Fruir das equações físicas.

Arte é um assunto controverso e sempre pode ser discutível. Para muito a expressão artística dá-se na forma, mas para outros a arte é o que desperta algum sentimento. Para mim a arte não está confinada a forma, voa livre e apresenta-se a todos que estão dispostos a vivência-la.
Os poemas parnasianos são belos e rígidos na forma. Sendo inquestionável seu status de arte, porém, encontramos na arte conceitual moderna poemas escrito em uma gramática não formal, telas manchas de tinta, objetos do dia a dia dispostos de uma maneira própria para despertar uma emoção, para significar algo novo.
Podemos aproximar a física da arte? Para mim a física já possui alguns atributos artísticos. Quando olho as equações de maxwell, simples mas dr proporções gigantescas. A função trabalho do efeito fotoelétrico, a expressão do princípio da incerteza... em mim essas equações não são simplesmente algoritmos, elas tem uma beleza e uma profundidade.
Mostram-me o poder da coletividade humana, a coragem de romper com o convencional, a capacidade criativa para conceber o incompreensível tornando possível vermos o mundo de uma forma completamente renovada.
Se isto não é arte retire da lista das artes toda pintura, literatura e expressão.